A AEM – Associação de Empresas Emitentes de Valores Cotados em Mercados apresentou ontem um estudo independente e inovador, pedido à Universidade Católica Portuguesa, sobre o grau de acolhimento das recomendações de corporate governance (governo das sociedades) por parte das empresas cotadas. Deste estudo resultou um índice e um rating, apelidados de Católica Lisbon/AEM.
As três principais conclusões do estudo são: as maiores empresas e com mais liquidez (as do PSI 20) apresentam um maior grau de acolhimento das recomendações de governo societário; quanto maior a percentagem de acções em free-float melhor o grau de acolhimento; e, em conjunto, estes dois resultados combinados significam que uma empresa que tenha uma maior exposição ao mercado apresenta um melhor acolhimento do código de boa governação.
Contas feitas, isto significa que uma empresa que pertença ao PSI 20 cumpre melhor as recomendações do governo das sociedades.
O estudo foi realizado para 44 empresas portuguesas cotadas, tendo sido atribuída uma notação de rating societário baseado num índice de observância de recomendações de governo das sociedades com uma ponderação entre as diversas recomendações.
O índice Católica Lisbon/AEM
O índice, que mede o grau de acolhimento das recomendações, tem uma escala de entre 5.000 pontos (total ausência de acolhimento) a 10.000 (acolhimento completo). De acordo com a análise feita, a média de todas as empresas foi de 8.920 pontos, enquanto que a média das empresas do PSI 20 foi de 9.337 pontos, o que demonstra um elevado grau de acolhimento das recomendações de governo societário por parte das sociedades cotadas nacionais.