AEM vai apresentar sugestões de alteração da lei fiscal e defende incentivos à listagem de PME. Financiamento e fusão NYSE Euronext/DB são preocupações.
No momento em que completa um ano, a AEM – que representa as empresas cotadas – perspectiva 2012 tendo como uma das prioridades perceber o que mantém as empresas afastadas do mercado de capitais e ajudar a criar soluções. Num período de difícil acesso ao financiamento, o director executivo da associação defende que as empresas se devem concentrar em atrair investimento de longo prazo.
A alteração da chamada lei das blindagens foi adiada para 2012. Estão satisfeitos com a decisão? Como a interpretam?
Tivemos a oportunidade de explicar aos interlocutores com quem discutimos o tema que a nossa posição não era contra o primado da liberdade accionista, antes pelo contrário, aquilo que nos preocupa é o excesso nas soluções propostas. Portanto o que viemos explicar foi que o momento não é adequado, as propostas apresentadas são excessivas e isso, aparentemente, foi ouvido. O que significa que, neste momento, o facto de essa regulamentação não ter avançado é, para nós, uma boa notícia.
Pediram reuniões com o Governo. Chegaram a acontecer?
Tivemos reuniões com o Governo e a oportunidade de explicar com detalhe quais eram as nossas preocupações. A percepção que tenho é que essas preocupações foram compreendidas.
O facto de existirem blindagens em algumas cotadas não pode ter efeito de afastar investidores?
Não faz sentido fazer alterações que tornem o nosso mercado e as nossas empresas menos competitivas, numa posição de desfavor e de fragilidade relativamente às congéneres estrangeiras. E o argumento segundo o qual isso deve ser feito para atrair capital parece-nos um argumento duvidoso, porque as empresas portuguesas não devem estar interessadas em atrair qualquer capital, mas em atrair investidores que olhem para elas como investimento de médio/longo prazo e que queiram perseguir uma estratégia de crescimento e competitividade.
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